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Recordar é Viver

Lembranças de Adamantina dos anos sessenta, oitenta


05 de setembro de 2008

Joaquim Malheiros Filho

1ª Parte

 

 

Como é bom voltar as boas lembranças do passado e aos tempos de nossa infância, juventude e mocidade. Tempos de muitas saudades, que embora não voltem mais, já que o relógio da vida corre, inexoravelmente, para frente, sempre em direção ao incerto futuro que permeia todos nós frágeis e findáveis humanos, contudo nos impele seguir a vida ao sabor das boas recordações do passado, fiéis ao dito popular que titula esta despretensiosa crônica.

Como é bom recordar os folguedos de infância, do primeiro brinquedo, da primeira bicicleta, do carrinho de rolemã, do brincar de gira-pião, do jogo de bétia, do passa-anel, do brincar de roda, de amarelinha, da (o) primeira(o) namorado, dos tempos de ginásio, do colégio e da faculdade.

Bons tempos aqueles, muito bem retratados por meio de prazerosa e diletante leitura das crônicas de Inácio de Loyola Brandão, De Carlos Heitor Cony, de Luiz Fernando Veríssimo, do Luiz Nassif, e da Danuza Leão e outros.

Como é fantástico ler Inácio de Loyola no velho “Estadão” contar estórias e histórias de sua querida Araraquara, das viagens feitas nos trens da velha e saudosa Araraquarense. Do carro restaurante passando pelos vagões pullman e leito, pelo agente picotador de bilhetes e pelo vendedor de revistas, jornais café, refrigerantes, cervejas e biscoitos trem adentro e pelo frenesi das estações do trajeto. Dos bailões do Clube Ferroviário. Da saudosa Ferroviária, time de futebol da cidade que marcou época. Dos amores e das paixões de então.

Fantástico voar-se no tempo lendo Luiz Nassif falar na “Folha” de sua encantadora Poços de Caldas, de seus antigos amigos, de suas professoras, da farmácia de seu pai, obrigatório ponto de encontro da velha guarda e dos políticos locais, onde se discutia e comentava se tudo, inclusive da vida alheia.

Verdadeiro presente é também ler Danuza Leão, também no “Estadão”, contando o Rio de Janeiro. Dos bailes do Copacabana Palace, das socialites, das fofocas da sociedade. Dos amores e desamores até a falta daquela polegada para que Martha Rocha, nossa eterna Miss Brasil, vencesse o concurso de Miss Universo, então certame de beleza dos mais concorridos e empolgantes!

Sem dúvida tais estórias e histórias levam o leitor divagar e viajar prazerosamente no tempo. Quanto gratos somos aqueles, que a exemplo dos citados, nos permitem viajar ao sabor das gratas recordações de outrora. Recordar o passado é perpetuar a história de cada um de nós, das coisas e dos lugares vividos no tempo e na memória. Retroceder ao passado também é construir o presente.

Quantas e quantas vezes já nos pegamos, sozinhos ou com amigos, divagando e falando de nossos idos tempos. Daí porque freqüentemente navegando pelos mares do tempo e das boas recordações do passado, a maior parte vividos aqui em Adamantina, é que, absolutamente consciente de não ter o dom e o talento dos cronistas acima mencionados, pródigos na escrita diletante do passado e do presente, ouso lembrar aqui e agora, não somente para saudosistas como eu, mas também para aqueles do presente, curiosos ou interessados em conhecer um pouco daquilo que ocorria na nossa Adamantina nos idos tempos dos fervilhantes, fantásticos e transformadores (lançou-se o Sputnik, primeiro satélite tripulado, pilotado pelo russo Alexandre Gagarin. O homem chegou à lua. Surgiu a pílula anticoncepcional, a mini-saia, os Beatles, o muro de Berlim, a guerra fria entre os EUA e União Soviética, a Guerra do Vietnã. Deu-se o primeiro transplante de coração na África do Sul pelo Dr. Barnard e no Brasil pela equipe do Dr. Zerbini. Muitas colônias africanas foram libertadas e aconteceram os assassinatos dos líderes John e Robert (Bob) Kennedy, do Pastor da Paz Marthim Luther King entre tantos fatos e acontecimentos transformadores) anos 60/80, quando então, regressando no tempo vemos no cenário local os cines Adamantina (na época situado onde hoje é a Nossa Caixa) e o Santo Antonio, este então um dos melhores do interior paulista, com sua tela panorâmica e suas confortáveis poltronas de couro, e onde podia se escolher o lugar para assistir o filme: do pullman (em cima, ainda mais confortável e requintado. À ele tinha acesso principalmente os mais abonados) ou da platéia.

Nossos cinemas eram então a grande atração! Suas sessões, inclusive as matinês aos domingos, lotavam. Havia filas imensas nos fins de semana para compra de ingressos, que quase sempre eram “furadas” ou quando não pedia-se alguém, para não se entrar nelas, para tirar nosso ingresso. Quantos e quantos memoráveis filmes assistimos. Quantos namoricos (hoje é só “ficar”), paqueras, namoros, noivados e casamentos tiveram como palco os nossos cinemas de então. Antes de iniciar a sessão dava-se a paquera nos seus corredores: as mulheres sentadas eram alvo dos homens que desfilavam pelo interior dando “piscadelas” para suas paqueras, fazendo sinal para que suas eleitas guardassem lugar ao lado do seu para que viessem a sentar tão logo iniciasse o filme, já que os namores a até mesmo as paqueras eram “policiados” pelo rigor dos pais e até dos irmãos. “Avançar o sinal” então é bom nem falar das conseqüências. Se fosse pego pelos temidos faroletes do Alípio (ele mesmo, o tapeceiro) ou do Zé Mário Toffoli, nossos velhos e bons amigos de sempre, contudo ciosos no cumprimento do dever, era complicação certa!

Já que estamos falando dos cinemas, não podemos deixar de lembrar do grande Expedito (então um apaixonado por carros, de preferência velhos. Também excelente mecânico, funileiro, eletricista, encanador e tudo mais que você possa imaginar). Expedito, que ainda recentemente visitou nossa cidade, era o projetista dos filmes. Sem ele não havia sessão. Os filmes eram de rolo, de fita celulóide, que freqüentemente partiam durante a projeção, quando então as luzes se acendiam repentinamente, pegando certamente muita gente desprevenida “no escurinho do cinema”, como diz canção, salvo engano, de Rita Lee, uma das musas da então “Jovem Guarda”, quando então integrava a badalada banda Os Mutantes. Impacientemente, enquanto aguardava o “conserto” da fita, o público provocava “muito barulho”, que, entretanto, não passavam de estridentes assovios e batida de pés, contudo dando mais trabalho ao Alípio e ao Zé Mário.

Antes do ingresso no cinema, não se podia deixar de passar no Bar Ginza, ao lado do Cine Santo Antonio, para se comprar as famosas balas Pipper ou Chita-menta, para perfumar o hálito e, assim, não se fazer feio diante da paquera ou da namorada. Antes do término da sessão, tínhamos de deixar a paquera para não sermos surpreendidos pelo pai ou pela mãe, ou até mesmo pelo irmão da garota, senão vinha bronca feia.

Afora o cinema, o agito ocorria também em outras frentes e lugares. Havia o “footing” da Rua Osvaldo Cruz, no seu trecho entre a Rua Capitão José Antonio e a Alameda Navarro de Andrade. Subia-se também a Avenida Rio Branco descendo-se pela Rua Salles Filho, dobrando-se a seguir, a Alameda Armando Salles, passando-se defronte ao Cinema, para ganhar novamente a Rua Osvaldo Cruz. Incluía-se também e principalmente a praça do jardim, onde havia também muita movimentação, sobretudo em torno da fonte luminosa, com seu chafariz de águas coloridas e música das mais variadas. Havia também o coreto onde se apresentavam espetáculos, especialmente a nossa furiosa banda tocando marchas e dobrados sob o comando do grande maestro Artur Rocha. Neste “footing”, as mulheres desfilavam pelas ruas e pelo jardim, em dupla ou em grupo, enquanto que os homens ficavam na calçada “paquerando” suas eleitas. Joaquim Malheiros Filho – Promotor de Justiça Aposentado - Artigo publicado dia 29 de abril de 2004 no Diário do Oeste (Adamantina – SP)

 

2ª Parte

 

 

Em torno do jardim, instalavam-se os vendedores de guloseimas: o pipoqueiro, o vendedor de algodão-doce, de “puxa-puxa”, de cocada, de sorvete, de “quebra-queixo”. Tinha também o vendedor de “martelinho” e de “biju”. O primeiro batia contra o doce com um ponteiro de ferro e um martelinho para tirar o pedaço no tamanho desejado pelo freguês. O doce era tão duro que somente era possível tirar pedaço de tal forma. Já o do “homem do biju”, guloseima consistente de um canudo feito ao que parecia de massa de farinha de trigo, para incrementar suas vendas fazia o cliente rodar uma roleta de números na forma de um mostrador de relógio. Continha numeração de zero a seis. O número sobre o qual parava o ponteiro indicava a quantidade a mais de biju, esses gratuitos, do cliente.

Antes de se ir para casa, não muito depois das 10 ou das 11 horas (senão era bronca certa do pai, que normalmente nos recebia a porta, já que naquela época não tínhamos o “direito” de levar a chave de casa. Tolerância além de tais horários apenas em ocasiões excepcionais, como Natal e Ano Novo, datas essas então festiva e grandemente comemoradas com ruas e casas enfeitadas, muitos presépios, além da concorridíssima missa do galo que se iniciava a meia-noite em ponto), passava-se na Lanchonete do Kikuta (onde hoje é o Mauro Foto) para fortalecer o estômago com um iogurte batido (que não havia párea comprar no comércio) ou então no Bar Vitória, que fervilhava depois das dez horas, para se comer um sanduíche Bauru (pão com presunto, queijo, tomate e alface prensado na chapa). Ali se contava as novidades, das paqueras, das brigas com a namorada, dos “amassos”, estórias das mais cabeludas (muitas delas contadas pelo “Preto” Ayalla, funcionário na época do Posto Fiscal e sempre trajando seu inseparável paletó xadrez) e piadas das mais variadas. Grandes piadistas eram, entre outros, o Nelinho Bochi e o Malaquias do Banespa. Era só farra e risada de fazer doer as costas. Também se falava das conquistas, da vida alheia e até mesmo sobre quem é que fazia parte da famigerada “Lista da Ditinha”, que deixou muita gente preocupada e sem dormir na época.

Na paquera também era obrigatório ficar sentado sobre a mureta que guarnecia o jardim, aguardando-se a passagem das alunas do Colégio Madre Clélia quando do término das aulas, garbosamente uniformizadas com suas saias plissadas, blusas manga-cumprida, colarinho fechado e com laçinho pendendo, sem nos esquecermos de suas meias brancas três - quarto e do sapato colegial. Os corações suspiravam ou disparavam, quando não aconteciam as duas coisas ao mesmo tempo.

Também se fazia a paquera, sobretudo a noite, defronte aos portões do Ateneu Bento da Silva, do Instituto Educacional Helen Keller, instituições de ensino muito concorridas e movimentadas e sempre preocupadas no oferecimento de ensino de qualidade, de boas regras de civilidade e de civismo, além de intensa parte esportiva, cultural e recreativa.

Noutras searas, o agito continuava nos concorridos bailes do ATC, da Acrea e do Ipê Clube. Destaque para os bailes de carnaval, formatura e debutantes, não nos esquecendo dos grandes vultos da música que passaram pelo palco do Ipê Clube, como a imortal Elis Regina e dos milhares de quilômetros de pistas de dança de nossos grandes e memoráveis “reis de pista”: Dimer Monti, Lula, Caramuru, Nestor Alfaiate e outros.

As piscinas do ATC e do Ipê fervilhavam. A “marmanjada” acorria para ver suas musas de maiô, já que poucas se aventuravam no biquíni. Na vestimenta, o máximo permitido era uma mini-saia, obrigatoriamente não mais do que 10 centímetros acima dos joelhos.

O chique para o homem era usar calça faroeste da Lee, da Levis ou da Wrangler, trazidas do Paraguai pelo Chico Lee. Para ficarem mais charmosas esfregava-se nelas tijolo para branqueá-las. Era chique no último!

As camisas e as calças (essas tipo boca-de-sino) mais charmosas eram feitas pelas mãos competentes do Salomão Alfaiate, do Rotildo Bachega e do Vilmar, os dois últimos também então componentes juntamente com os irmos Ramazzini, Wagner Kamakura, Tito, Álvaro Goda, de conjuntos musicais, como Os Vibrantes e Os Flintstones, que marcaram época aqui, na região e até mesmo no Estado, pela qualidade de seus integrantes e pela excelência de repertório. Grandes canções entoavam fazendo o público vibrar. Músicas inesquecíveis de Roberto Carlos, Fevers, Renato & Seus Blue Caps, Erasmo (Tremendão) Carlos, The Beatles, Rolling Stones, Bee Gees, Wanderléia (a inesquecível “Ternurinha”), The Monkees, Mamas and Papas, e tantas outras mais. Era o máximo!

No rádio havia somente a Brasil com os concorridos programas do Fauzi Santos, do Itamar Regiani, do Eutímio Romualdo (“Badola”), do Sandro Villar e do Carlos Neves entre outros, porém não nos esquecendo das excelentes locuções esportivas do Nilton Barreto, do Zé Mário e do Armindo Silva.

No cotidiano, despontava-se também o Bar Jóia, então de grande movimento e ponto de encontro para umas e outras, para feitura de negócios e até mesmo para um descompromissado carteado, do Fauzi Santos, Do Ribeli Turra, dos irmãos Manrique, do Anésio Diogo (sempre com seu inseparável livro de escrituras debaixo do braço), do Ismael Bazzo, do Resina, do Nenê Martins, do Spada, do Mauro Martins, do Naur Bellusci, do Dellalibera (que foi durante certa época, dono do estabelecimento) e de inúmeros outros.

Ponto de encontro obrigatório, especialmente para matar saudades da velha terrinha portuguesa, era o Armazém do Pereira, perto então do Supermercado Godoy. Ali se servia excelente vinho de barrica e apetitosos quitutes de bacalhau e se contava a última dos brasileiros Joaquim e Manuel.

Recreação também ocorria no Córrego Burrinho, nos freqüentes parques de diversões, circos quermesses, festas juninas, não nos esquecendo das festas nas roças, muito especialmente dos bailes na “Tuia do Manhani”, no bairro Mourão, onde a sanfona corria solta noite afora num ambiente de união familiar, respeito e amizade entre todos.

No cenário político, destacavam-se Tino Romanini, Antonio Cescon, Profº Fernandão, Chiquinho da Buri, Profº Gildomar, Bruno Guiçardi, Antonio Padovan, Hélio Micheloni e tantos outros. Na alfaiataria do Nelson Foratto havia sempre imensa movimentação em torno da política e dos políticos, onde por vezes aconteciam inflamados debates e até mesmo “bate-boca” acerca dos problemas e dos políticos locais, regionais e federais, entretanto sem maiores conseqüências.

Na seara religiosa, tínhamos a Matriz de Santo Antonio monsenhor Manuel Gonzáles e na Capela de NS de Fátima o Padre Estevão Cooghan, este um grande amante dos esportes, muito especialmente de uma boa pelada de futebol, e pessoa muito simpática e animada.

Naquelas duas fantásticas décadas também aqui pontificaram nas igrejas evangélicas memoráveis e operosos Pastores. Nos esportes, havia no futebol o inesquecível Guarani com as suas memoráveis belas campanhas e grandes craques como Zé Pintor, Bassan, Mingo, Celso dentista, Dinho Simoncelli, Aslei e outros mais. Destaques também eram o basquete e o vôlei do Colégio Madre Clélia e o futebol de salão do ateneu e do Instituto.

A Segurança Pública, a Justiça e a Saúde eram asseguradas à população de forma competente e eficiente pelas mãos dos delegados Drs. Marcelo, José Dotto Bóia, dos sargentos PMS Parra e Rombi, Drs. Joaquim Otávio Cordeiro (Juiz de Direito) e João Baptista (Promotor de Justiça), dos Drs. Joamyr Castro, Fábio, Goda, Norberto, Célio, Clóvis Marinho, Dagoberto, entre outros, não nos esquecendo que na Tribuna da Defesa destacavam-se, entre outros não menos talentosos e operosos, os nobres doutores advogados José Geraldo Prata (Dr. Pratinha), Leão Vidal Sion, Dr. Campolin, Alceu Maluf, o último ainda atuando no foro local e regional.

Nas datas cívicas, havia os grandes desfiles com garbosas apresentações de nossas escolas, tendo à frente suas fantásticas fanfarras. Cada escola esmerava-se para brindar o grande público que acorria às ruas com o melhor espetáculo. Indescritível a beleza e a pompa daqueles desfiles.

Pontos de concentração eram também o Dom Qui-chope, para se beber um gostoso e perfeitamente gelado chopinho com os amigos, a Sorveteria Katú, onde se consumia o melhor Eskimo da região, o restaurante do Costinha, o Bar Piratininga, a Bambulândia, a sinuca do Sr. Avelino.

Os tipos inesquecíveis eram o Negrão tapeceiro, o José Parrilla e o Everaldo Barreto dirigindo suas charangas e pés-de-bode, o Valdemar Pistolinha e o Toninho Biassi pilotando suas “vespas”, o Ismael Bazzo, o Cícero Camilo (fiscal de rendas), o Zé Baiano com seus carros e carrões, aquele verdureiro português que pilotava a sua inseparável bicicleta soltando as mãos e dando sinal de direção e ainda o “Estremelique”, este um “japonesinho” que andava por todo canto da cidade com sua velha e companheira tesoura fazendo “Origami”, arte japonesa de se fazer figuras de papel. O apelido foi-lhe dado pelo fato de andar dando “pulinhos”.

Folclore ou não, tínhamos até mesmo a famigerada “Loura do Asfalto”, que percorria a rodovia Comandante João Ribeiro de Barros e a estrada vicinal Adamantina-Lucélia atemorizando motoristas e pessoas.

A oferta de emprego e a fartura eram grande graças ao então pujante progresso de nossas indústrias (tínhamos muitas, como as fábricas de óleos vegetais dos Romanini, dos Molina, da Codai, de móveis dos Lissoni, dos Kawabata, dos Boin, do Manuel Português, dos Perrone, dos Araki), de nosso comércio (grandes estabelecimentos comerciais possuíamos, tais como: Tilibra, Elizeu Mardegan, Casa Moreira, Casas Buri, Lojas Riachuelo) e de nossa então intensa e diversificada agropecuária (aqui se criava muito gado e plantava-se muita lavoura de café, de milho, de amendoim, de algodão. Tínhamos grandes máquinas de café e de cereais: Micheloni, Max Whirth, Ind. Com. Planalto, Sanbra, armazém do IBC, da Ceagesp). Adamantina então era a terra do tinha mesmo! Memoráveis também a providencial Farmácia Noturna, defronte ao Cine Santo Antonio, do Vilmar Furlan.

O espaço fica aberto para saudosistas como eu ou não que quiserem acrescentar ou corrigir algo, como ainda para enriquecer a história de nossa cidade, que aliás, espera anos-a-fio de suas lideranças a criação de um museu da cidade, indispensável à retratação e ao resgate da memória local, sob pena de nossas futuras gerações não conhecer dos primórdios de Adamantina. Esperamos a sensibilização de nossas lideranças para tal questão de modo a tenhamos rapidamente o museu ora reivindicado: ainda em tempo de a comunidade adamantinense poder, por meio de apregoado museu, tributar suas homenagens e o seu penhor de gratidão a uns poucos pioneiros locais que ainda vivem. Tempos inesquecíveis!

 

 

Joaquim Malheiros Filho – Promotor de Justiça Aposentado

Artigo publicado dia 30 de abril de 2004 no Diário do Oeste (Adamantina – SP)

 

 

Fonte: Nossa Lucélia

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